Na primeira noite, os internos entenderam a importância da missão, e no sábado à tarde colocaram em prática. O objetivo desse dia era arrecadar alimentos para ajudar famílias que precisam; a meta era conseguir uma tonelada de alimentos. Após serem divididos em diversas equipes, cada um foi para uma área, arrecadando os alimentos e orando com aqueles que aceitavam.

Para a felicidade de todos que participaram, a meta não só foi alcançada, mas duplicada. Conseguiram ao todo duas toneladas, o que motivou ainda mais cada pessoa a continuar participando e vivendo a missão. Esse movimento fez com que muitos entendessem a importância de abnegar o eu para ajudar o próximo, deixando de lado seus afazeres pela ação social.

No domingo, essas mesmas equipes saíram na comunidade que fica ao redor do campus 1, oferecendo algo simples, mas que poucos têm a oportunidade de ter: um momento onde podiam compartilhar suas dores e receios com alguém disposto a ouvir, orar e ajudar. Muitos alunos se emocionaram com estes momentos, afinal, eles perceberam que muitas vezes quem está ao nosso redor é quem mais precisa de nós.

A missão Calebe na FADMINAS acaba no dia 02 de março, mas, na verdade, o objetivo real desse projeto não é que ele se encerre ou tenha data para acontecer, mas sim que ele motive as pessoas a estarem sempre vivendo essa missão de ajudar o próximo e falar do amor de Deus. Isso pode acontecer de formas “simples”, como ceder seu lugar a alguém, dar um bom dia e ouvir realmente a pessoa quando ela precisar. Carregar o título de Calebe vem com uma grande responsabilidade, que é viver todo o seu ano em prol da missão.

Nossa Aluna Rebeca Mikaelly menciona: “O que mais me marcou na missão Calebe desse dia foi quando fomos abordar uma casinha branca ao fundo de um quintal cheio de flores e árvores ao redor, bem humilde. Só havia uma senhora sozinha estendendo roupas, e foi assim que encontrei a Maria José e consegui viver mais um pouquinho do que é o amor de Cristo nos detalhes enquanto a ajudava a estender suas roupas… durou uns 5 minutos porque ao ter ajuda é mais rápido, mas parecia que já estávamos ali há uns 10 minutos ou mais. Nesse tempo, ela foi me contando sobre como conheceu a igreja adventista e dando um sorriso sincero a cada pergunta que eu fazia e a cada palavra que ela dizia. Meu coração se enchia de alegria e parecia que eu já a conhecia há anos. E quando ela me deu um abraço bem apertadinho? Parecia que eu estava abraçando Jesus!!! E então eu comecei a perceber que a Maria José me mostrava muito do que é encontrar a alegria de Cristo nas pessoas, mesmo elas tendo tão pouco às vezes. Mesmo sem saber: Maria José me ensinou sobre muita coisa em apenas 5 minutos, estendendo roupas e batendo um papo!”.

Por Ana Clara Gonçalves

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